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PAPEL FLORESCENTE
Papel Florescente
2014-12-10
Papel Florescente

Mónica Oliveira e Nuno Bernardes foram colegas de Faculdade e cedo descobriram que um dos
interesses que partilhavam se prendia com as questões ambientais e a preocupação com a
sustentabilidade. “Um dos motivos que permitiu criar esta empatia entre nós foi, precisamente, este interesse em comum. Apesar de sermos de uma geração que despertou muito tarde para a importância da sustentabilidade, tínhamos ideias muito claras sobre a forma como a sociedade pode agir
em prol da Natureza e do ambiente”, recorda Nuno. E foi essa vontade de intervirem de forma mais activa na promoção da responsabilidade social de cada cidadão que os fez avançar para um projecto em nome próprio.
Nascia, assim, o Papel Florescente (www.papelflorescente.pt), um projecto voltado para a sustentabilidade e a preocupação ecológica, que produz, de forma completamente artesanal e ecológica, folhas de papel reciclado que recebem sementes de flores e plantas durante o seu processo de fabrico. Isso permite que essas folhas de papel possam ser plantadas, gerando plantas vivas. Um processo que, até estar maturado, fez com que a dupla tivesse de fazer vários testes antes de considerar o produto apto para a comercialização. “Como não somos desta área de actuação, houve muita tentativa e erro até apurar o produto final. Tivemos de falar e consultar muitas pessoas, desde empresas de reciclagem, passando por engenheiros ambientais e alguns workshops. Ainda hoje continuamos a fazer esse trabalho de pesquisa. A parte positiva é que todo este processo foi muito divertido”, conta Mónica.

 

Plantar o futuro


E se esta ideia de uma folha de papel se transformar numa flor como o cravo-francês, em folhas de chá de camomila ou em saborosíssimo manjericão lhe parece muito complicada, os mentores do projecto desmistificam esse pensamento.

 

“Na verdade, estamos a falar de um processo muito simples”, explica Nuno Bernardes. “Antes de plantar, pode usar as nossas folhas como qualquer outra folha de papel normal. Pode escrever e imprimir, sendo que, neste caso, a impressão não funciona com impressão digital. Depois, basta agarrar numa das nossas folhas, rasgá-la, enterrá-la em cerca de 10 a 15 cm de terra e ir regando, mas sem encharcar muito. Em poucos dias terá uma bela planta.”

 A aceitação do produto veio confirmar a ideia que Mónica e Nuno defendem: a de que, de um modo geral, os portugueses estão bastante maduros e conscientes do importante que é preservar o meio ambiente e que a participação da sociedade portuguesa em iniciativas de âmbito ecológico é cada vez maior. E confirmou igualmente que a originalidade e a inovação são trunfos incontornáveis para chegar ao consumidor. “Às vezes, a inovação pode ser somente um modelo de negócio. Mas nenhuma empresa, nem mesmo as grandes, pode dar-se ao luxo de parar de descobrir coisas novas. Nos tempos actuais, uma empresa que não inove em produtos ou serviços terá certamente um percurso mais tortuoso para atingir ou manter o sucesso, e, eventualmente, acabará por sucumbir”, defende Mónica Oliveira.


É com esse pensamento e com a certeza de que ainda há muito a fazer pelo ambiente que a dupla empreendedora está constantemente em busca de novas ideias. Se a procura de novos mercados se transformou numa realidade, a introdução de revendedores foi uma forma clara de aumentar a
divulgação do Papel Florescente. Em carteira estão três novos produtos: dois deles uma variação do actual papel florescente; o outro, um produto que permitirá aumentar o consumo de papel reciclado.

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