Pouco mais de 20 anos após o início da reciclagem em Portugal, ainda há quem questione o que acontece às embalagens usadas que são depositadas nos ecopontos, quais as vantagens da reciclagem e as suas possibilidades de aplicação.
Como se desenrola o processo?
A partir do momento em que as embalagens depositadas nos ecopontos ou outros equipamentos são recolhidas e transportadas pelas autarquias para uma estação de triagem, são então submetidas a uma separação ainda mais rigorosa, por tipo de material, o que confere aos resíduos a homogeneidade e qualidade necessárias à sua reciclagem. Depois deste processo de seleção, os resíduos de embalagens são enfardados também por tipo de material e reencaminhados, através da Sociedade Ponto Verde, para empresas que procedem, por fim, à sua reciclagem.
Este processo traz vantagens tanto ambientais como económicas, entre elas:
— Redução da quantidade de resíduos sólidos urbanos (RSU) que vão para aterros sanitários, prolongando o seu tempo de vida útil;
— Poupança de matérias-primas e preservação de recursos naturais;
— Economia de energia.
Onde se (re)aplicam os materiais reciclados?
A reciclagem de embalagens usadas permite a obtenção de matéria-prima para a produção de novos produtos e objetos, num ciclo rotativo praticamente infindável. Entre esses produtos e objetos encontram-se paletes de transporte, revestimentos e placas para construção civil e bricolage, peças de vestuário, fibras para enchimento de acolchoados, lingotes de metal, peças para eletrodomésticos de uso comum (como esquentadores e fogões), novas garrafas e boiões, novas embalagens, livros, jornais, papel de escrita, cartão liso ou canelado, papel higiénico, mobiliário de jardim, vasos, tubos de escoamento, aglomerados de madeira para fabrico de mobiliário, entre muitos outros.
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