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ECO-VILLAGE COMMUNITY
Eco-village Community
2015-04-23
Eco-village Community

Já imaginou viver numa casa feita de terra, longe do burburinho das cidades e da confusão consumista, inserido numa comunidade social cujo fim último consiste em estar em perfeita simbiose com tudo o que a Natureza lhe oferece?

 

Soa a perfeito, não é verdade? Pois bem, o projeto Eco-Village Community propõe-se responder com uma nova consciência aos desafios económicos, ambientais e sociais das sociedades globais da atualidade. Como? Produzindo o mínimo impacto possível em todo o seu processo de planeamento e implementação e fechar o máximo de ciclos, como o da água, da energia, da matéria orgânica, da interação e bem-estar social e da produção agrícola e animal.

 

Foi assim que Rui Vasques, um jovem de 26 anos, o pensou. Cheio de sonhos e vontade de mudar o mundo, interessado pelas questões do desenvolvimento sustentável, o projeto de vida deste ecoempreendedor começou verdadeiramente durante a realização da sua tese de mestrado em Design de Produção Industrial (Construções Sustentáveis) que fez no IADE – Creative University.

 

A ideia de criar de raiz um modelo social autossuficiente, a Eco-Village Community, nasceu após um aprofundado processo de pesquisa e investigação nas mais diversas temáticas, desde a neurociência ao funcionamento do planeta Terra.

 

O modelo baseia-se na economia verde e assenta em três pilares basilares: construção local (com sacos de terra compactados, ou Superadobe, técnica de construção natural criada pelo iraniano Nader Khalili nos anos 80 e desenvolvida inicialmente para ajudar desalojados em territórios vítimas de catástrofes naturais); produção local de recursos, como abrigo, energia, água, alimento, conforto e bem-estar, saúde, conhecimento, tecnologias, utensílios, entre outros, e autossuficiência energética, através da utilização das energias renováveis e sistemas eficientes aplicados ao potencial energético do local.  

 

Coja (Arganil) poderá ser a localidade que um dia irá abrir os braços a esta ecovila. Trata-se, segundo o próprio Rui Vasques, de uma meta a alcançar, e não de um projeto a realizar a curto prazo. Neste momento, a equipa encontra-se ainda a trabalhar para adquirir as competências e o know-how necessários, a estrutura legal, física, humana e financeira.

 

O tempo ditará o momento certo para avançar com este e outros projetos – não só na Zona Centro como em outras regiões do País e também nos PALOP – fundamentalmente ligados ao turismo sustentável, à agricultura, à implementação de ecovilas, à arte e à educação para a sustentabilidade. “Temos ainda um longo caminho a percorrer ao nível da investigação – e que estou a iniciar dentro da IADE-UNIDCOM, Unidade de Investigação em Design e Comunicação, no Grupo de Trabalho ID:Co.Lab, Investigação Colaborativa em Design e Inovação Sustentável – para a criação dos primeiros protótipos e para desenvolver experiências reais destas metodologias e técnicas inovadoras. Mais tarde, a ideia será conceber também produtos/kits e soluções sustentáveis multidimensionais, para acelerar a transição para a era do desenvolvimento sustentável”, explica.

 

Entusiastas pelo projeto não faltam, já que a adesão tem sido grande, a avaliar pelos milhares de felicitações e solicitações que este ecoempreendedor recebe de pessoas que têm vontade de fazer parte do empreendimento, de trabalhar nele, de aprender e de integrar a organização. Rui vive em Carcavelos, mas os últimos três anos têm sido passados em digressão, com apresentações e tertúlias sobre este modelo social por todo o País e pela Europa em inúmeros eventos. 

 

É através de conferências, exposições e ações de formação que procura consciencializar massas, capacitar grupos e comunidades, realizar o networking e o feedback necessários, bem como contribuir para diversas associações e entidades que atualmente integra com o objetivo de desenvolver estas primeiras inovações em Portugal e arrancar com a organização para o desenvolvimento sustentável Global – Live with Earth, baseada em três princípios fundamentais: consciencialização, capacitação e inovação.

 

Ideias que prometem.

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