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QUINTA DO ARNEIRO: DA HORTA PARA A MESA
Quinta do Arneiro: da horta para a mesa
2017-04-20
Quinta do Arneiro: da horta para a mesa

Logo de manhã, com os primeiros raios de sol a surgirem no horizonte, os cheiros das ervas aromáticas e dos legumes viçosos que todos os dias crescem mais um bocadinho invadem o ar nas estufas da Quinta do Arneiro, a poucos quilómetros de Lisboa. Cada passeio entre os carreiros perfeitamente alinhados funciona como uma “vista de olhos” pela ementa do novo restaurante, uma vez que é dali, da terra, que irão sair os ingredientes principais da carta do almoço de cada dia. Luísa Ferreira Almeida fala com orgulho deste novo projeto da Quinta do Arneiro, uma evolução lógica depois da criação da horta e do projeto de venda de cabazes diretamente da horta à porta dos clientes. Pensou no restaurante como se de uma sala lá de casa se tratasse, um espaço para receber amigos, no campo, onde a simplicidade impera. Pedra a pedra, azulejo em azulejo, conseguiu erguer, mais do que um restaurante, um espaço onde se convive, com a cozinha aberta para a sala, e onde se incentiva a conversa, as perguntas, e, acima de tudo, se aguça a curiosidade.

 

O restaurante da Quinta do Arneiro abriu em junho de 2016, para grande orgulho de Luísa Ferreira Almeida. A formação da equipa foi a prioridade, bem como a criação da ementa, que, na verdade, não existe como as conhecemos nos restaurantes tradicionais. Aqui, diz Luísa, “não há pratos com nomes elaborados. Há pratos cheios de diferentes sabores e aromas”. Depois de um passeio pela horta, cada cliente senta-se à mesa e, como se estivesse em casa de amigos, come o que lhe apresentam à frente. Sabe, à partida, que haverá entradas, uma sopa e uma escolha, entre vegetariano e biológico, e que irá ainda ter direito a uma sobremesa. O resto “é sempre uma surpresa, como quando vamos visitar quem nos é próximo”, diz Luísa. O preço médio ronda os 22 euros e as crianças pagam cerca de 11 euros.

 

Todas as semanas há algo que muda na oferta do restaurante da Quinta do Arneiro, em Azueira, no concelho de Mafra. Agora que tudo “corre sobre rodas”, diz, “vamos passar a apostar em quatro ementas anuais, de acordo com as estações, para maior facilidade na confeção e consistência na oferta aos clientes”. Se bem que “um dia ou outro podem sempre surgir novidades, consoante o que a Natureza der”. Haverá ainda uma aposta forte nos brunches, ao fim de semana, e a continuação das tardes com chás e infusões para reconfortar o espírito e o corpo. E quase todas as semanas se espera que a equipa liderada por Luísa Ferreira Almeida vá acrescentando alguma coisa a esta casa de campo que funciona como um restaurante. Garantido está que a comida, essa, será sempre de conforto, feita como se fosse em casa, e que vai continuar a chegar à mesa para dividir com os amigos.

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