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CHEIRA A CAMPO
Cheira a campo
2012-12-31
Cheira a campo

Em 2011 a Fundação EDP foi surpreendida pela quantidade de projectos centrados em hortas comunitárias que se candidataram ao Programa EDP Solidária: 30. Neste momento são apoiadas 25 hortas em 20 instituições de cariz ambiental e social, situadas em vários pontos do país. Como a Horta Acessível, que cresce no Parque Agrícola da Alta de Lisboa. Projecto de ecologia cívica, ao cuidado da Associação para a Valorização Ambiental da Alta de Lisboa, respeita os princípios e as regras legais da mobilidade reduzida, a pensar nos cidadãos com necessidades especiais (físicas ou mentais). Para tal, conta com estruturas de talhões sublevados, que permitem o acesso ao trabalho na horta, mesmo a pessoas em cadeiras de rodas.

 

O fenómeno das hortas urbanas surgiu nos países do norte da Europa nos séculos XVIII e XIX, tradição que se mantém e dá frutos. Por cá, dezenas de câmaras já colocaram à disposição dos munícipes terrenos para serem cultivados em comunidade.


Surgem ainda projectos de pequenos empreendedores, como “Couves para todos”, lançado por alguns amigos que, há três anos, transformaram um terreno abandonado em Monte Abraão, Queluz, numa pequena horta. É aí que, todos os domingos, se reúnem, trocam ideias, fazem experiências. Também na Graça, em Lisboa, surgiu a Horta do Monte, que movimenta cerca de 30 pessoas ao redor de ideias comuns: proximidade com a terra, alimentos biológicos, fortalecimento de laços de vizinhança, interacção entre as várias gerações, educação ambiental dos mais novos. Recentemente, começaram a apostar em workshops sobre temas como “Construção de hortas ecológicas em camas elevadas” ou “Fornos solares”.


O objectivo destas iniciativas, que têm como pano de fundo a horta, é transversal: “Promover estilos de vida mais saudáveis e sustentáveis na cidade”, conclui Inês Clematis, principal animadora deste espaço.


Fotos: Filipe Pombo/AFFP

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