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“TEMOS VINDO A REDUZIR AS EMBALAGENS”
“Temos vindo a reduzir as embalagens”
2017-01-27
“Temos vindo a reduzir as embalagens”

Há muito que as preocupações ambientais fazem parte da Sumol-Compal. A otimização dos consumos de água e energia há muito tempo que é prática corrente. Em parceria com a marca Água Serra da Estrela, a empresa mantém um programa de reflorestação de áreas protegidas, plantando espécies autóctones. Assim se escreve a política de ambiente da Sumol-Compal, aqui pela voz de José Paulo Machado, assessor do conselho de administração para a comunicação e sustentabilidade.

 

Nos últimos 20 anos quais foram as grandes alterações registadas em termos de políticas amigas do ambiente?

Conscientes da responsabilidade de ser a maior empresa de bebidas não alcoólicas em Portugal, temos vindo a consolidar boas práticas inerentes à atividade industrial e logística e a avaliar e implementar estratégias de utilização racional e otimizada dos recursos naturais, nos consumos de água e de energia, na redução das emissões para o solo e para a atmosfera e na otimização de materiais de embalagens e sua posterior reciclagem, entre outros aspetos. A definição e implementação da política ambiental e da estratégia de sustentabilidade da empresa tornou estes objetivos mais evidentes e transversais, havendo um compromisso de toda a organização para a implementação desses princípios e de fomento do bem-estar das comunidades envolventes, contribuindo para um desenvolvimento sustentável do negócio.

 

Têm alguma política de minimização da produção de resíduos?

O nosso negócio, os processos industriais e logísticos e as embalagens primárias e secundárias têm um impacto ambiental importante. Acompanhamos a evolução através de um painel de indicadores das áreas prioritárias.


Quais as grandes questões a nível ambiental que se colocam a uma empresa cuja matéria-prima são os frutos, os vegetais e as águas?

Como são recursos com origem na Natureza, toda e qualquer ameaça em termos de qualidade ou quantidade disponível é um risco para a nossa atividade; a proteção ambiental e integridade destes recursos é condição obrigatória para a sustentabilidade do nosso negócio. Os princípios de proteção ambiental são avaliados sempre numa ótica de cadeia de valor, com margens de segurança elevadas, perspetivando a sua manutenção e integridade no futuro, um trabalho feito em estreita cooperação com fornecedores ou outras entidades parceiras do negócio. A escassez de água é, naturalmente, uma das grandes preocupações da humanidade no século XXI, e por isso há muito que monitorizamos o consumo de água das nossas fábricas, que está, em média, ao nível do que de melhor se faz no mundo.


A empresa já integrou políticas de eco-design na conceção de embalamento dos produtos? Qual a receptividade?

A nossa atividade produz resíduos de natureza essencialmente orgânica e resíduos de embalagens, quer sejam vidro, metal, cartão ou PET. Nos últimos anos, ao abrigo da nossa política ambiental e plano estratégico de sustentabilidade, temos vindo a implementar diversos projetos de eco-design na conceção das embalagens, garantindo elevados níveis de segurança e funcionalidade. Entre os projetos com maior impacto ambiental podemos referir as reduções de gramagens nas garrafas de PET da marca Água Serra da Estrela, a utilização de papel FSC nas embalagens Tetra Pak, e de matérias-primas de origem vegetal, em detrimento dos plásticos derivados de petróleo, a incorporação de PET reciclado no fabrico das garrafas PET, a migração na totalidade das latas para alumínio, entre outros. Estes projetos têm impacto a nível de eficiência logística e na redução da pegada de carbono e têm genericamente uma boa receptividade. No entanto, torna-se difícil aferir, de forma quantificada, a receptividade destas medidas junto dos nossos clientes e consumidores.

 

Que percentagem de matéria-prima de origem nacional usam no fabrico dos diferentes produtos?

Em 2015 foram processadas nas nossas instalações de Almeirim cerca de 14.200 toneladas de fruta e 10 mil toneladas de tomate. A percentagem de fruta nacional ultrapassou 70%, com a contribuição dos pomares de pessegueiros contratados, em regime de parceria exclusiva, a agricultores portugueses, cuja produção se aproximou das três mil toneladas.

 

A componente ambiental é importante na estratégia de comunicação?

Várias das nossas marcas têm uma forte ligação à Natureza e à preservação do ambiente. A mais notória é a Compal, com forte ligação e proximidade à árvore, como expressão--mor de naturalidade. A ênfase colocada na frutologia, enquanto misto de ciência e arte, de paixão pela fruta, tem marcado a sua visibilidade a nível internacional. Por outro lado, a marca Água Serra da Estrela tem promovido junto dos consumidores a Campanha de Reflorestação, realizada há largos anos em parceria com o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, plantando árvores autóctones não só no Parque Natural da Serra da Estrela como noutras áreas protegidas, recuperando habitats fragilizados, garantindo uma floresta diversificada, resistente ao fogo e rica em biodiversidade.

 



A FRUTA PORTUGUESA, PRIMEIRO

Ter utilizado no ano passado 70% de fruta portuguesa na laboração da fábrica de Almeirim da Sumol-Compal já é um feito assinalável. Mas esta marca quer continuar a investir em estreita colaboração com os agricultores e fruticultores nacionais, como destaca José Paulo Machado: “Um dos nossos objetivos é aumentar a utilização de fruta portuguesa, seja por transformação direta nas nossas instalações, seja através de parcerias com empresas com processamento de fruta em Portugal.” E pela primeira vez foram utlizadas na produção framboesas e cerejas produzidas no nosso país. Na mesma linha, começou a disponibilizar produtos com o selo da região de onde a fruta é originária. Assim, tem agora sumos de fruta portuguesa com as marcas Maçã das Beiras, Cereja do Fundão ou Laranja do Algarve. No que respeita ao embalamento destes e outros produtos, reduziu-se a gramagem nas garrafas de uso único da marca Água Serra da Estrela, a utilização de papel FSC, mais ecológico, nas embalagens tetra pak, e, na marca Compal Veggie, a utilização de BioCaps, uma tampa de origem biológica obtida com base num material que se encontra na cana-de-açúcar – uma inovação no mercado.
 

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