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CIDADE DE CARTÃO
Cidade de cartão
2011-03-01
Cidade de cartão

Um avião rasga o céu por entre as nuvens. Mais abaixo, no solo, folhas soltas esvoaçam ao vento. Parece uma cidade de verdade, mas não é: nesta pequena urbe, situada em Lisboa, tudo é feito em cartão, do passeio a imitar a calçada à portuguesa à cabine telefónica. À entrada lê-se: “Crisis is a mind opener” (a crise abre a mente). E foi esse o mote desta cidade de cartão, imaginada pela Ivity, empresa especialista em criação, gestão de marcas e programas de inovação, e pelos 15 jovens recém-licenciados da Universidade de Porto, do pólo de Vila Nova do Conde. “Dose de talento e imaginação fazem coisas extraordinárias”, diz Carlos Coelho, um dos fundadores da Ivity. A ideia surgiu após ter assistido a uma apresentação desenvolvida por jovens com um orçamento muito baixo. Na cidade de cartão estão representados os vários clientes da Ivity, como a companhia aérea SATA, a Coca-cola e a Leya. Tudo foi desenhado ao pormenor. Um mês de trabalho minucioso e criativo, com recurso a centenas de marcadores, muitas doses de cola e cerca de 5000 placas de cartão com 3 por 2 metros. “Queríamos fazer tudo com cartão reciclado, mas não foi possível. Foi com cerca de 60/70%; o resto foi comprado”, diz Carlos Coelho. Reunir o cartão necessário para construir a cidade foi mais difícil do que esperavam. “Grande parte das grandes cadeias têm máquinas de compactação de cartão”, explica, e era preciso recolhê-lo antes de passarem por essa fase.

A Cidade de Cartão tem sido usada pela Ivity para jantares e reuniões com os clientes, mas está planeada a realização de duas ou três sessões públicas. Pelas características do próprio material, esta cidade é efémera. Mas prova que é possível dar nova vida aos resíduos e fazer mais com menos. 

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