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UMA CASA MUITO ENGRAÇADA
Uma casa muito engraçada
2014-12-22
Uma casa muito engraçada

VANTAGENS PARA O AMBIENTE
João Neves acredita que a aposta neste tipo de habitações “poderá ter um impacto positivo, na medida em que estamos a falar de pequenas construções, não fixas à terra, construídas com materiais que são maioritariamente sustentáveis e naturais e estimulam um estilo de vida menos prejudicial para o meio ambiente”.

 

AS MINICASAS
1) Os Cowboy Wagons ou outros conceitos mais pequenos surgem como opções de espaço extra ou de apoio aos restantes conceitos, permitindo alojar mais pessoas.
2) As mais famosas são as yurts ou tendas “ger”, originais da Mongólia, mas totalmente adaptadas ao clima e às circunstâncias existentes em Portugal. Têm 3 ou 5 metros de diâmetro e são destinadas ao alojamento temporário ou a habitação permanente. São feitas de madeira, lã de ovelha e tecidos resistentes aos raios UV e à humidade.
3) As Gypsy Caravanas têm, aproximadamente, 5 x 2,5 metros e as casas tipo Deltoid surgem com 5 x 3 metros. Em ambos os casos, falamos de casas mais procuradas para alojamento turístico ou temporário.

 

A CRESCER NO REINO UNIDO
A dificuldade em conseguir um empréstimo bancário faz com que, no Reino Unido, cada vez mais pessoas entre os 20 e os 30 anos procurem este tipo de alternativas. Um dos construtores mais famosos é Mark Burton, cujo trabalho pode ser visto no site tinyhouseuk.co.uk e onde encontramos minicasas onde não falta cozinha, casa de banho e sala de estar. Se o cliente desejar, a casa pode ser construída sobre rodas.

 

PEGADA ECOLÓGICA
Nos testemunhos que chegam dos mais variados países, damo-nos conta de vários exemplos que permitem diminuir o impacto ambiental. Há quem sublinhe a facilidade e rapidez com que uma casa pequena pode ser aquecida, há quem viva sem frigorífico e considere que essa opção permite fazer compras de forma muito mais racional. Há quem utilize candeeiros de petróleo, quem troque a rede eléctrica por painéis solares e quem utilize o sistema de sanita seca, em que a água é substituída por serradura, o que permite a posterior compostagem.

 

PESSOAS E MOTIVOS
João Neves revela que não existe um tipo específico de pessoa que procura estas casas. Das mais idosas às mais jovens, em início de vida independente (há cada vez mais jovens adultos, entre os 20 e os 35 anos, a interessarem-se por este conceito), as idades variam, bem como os objectivos da aquisição: se há quem procure uma habitação permanente, outros utilizam as MiniCasas para lazer, escritório/biblioteca, espaço de férias ou espaço extra para hóspedes. Quanto aos motivos que guiam a procura, o responsável pelo projecto acredita estarmos perante duas situações: uma espécie de resposta à crise e uma vontade crescente de fugir às cidades, “procurando um tipo de vida diferente, talvez mais ecológica e sustentável, mais ligada à Natureza”.

 

UM SONHO AMERICANO
Os Estados Unidos são um dos países onde as minicasas, nalguns casos microcasas, têm mais seguidores. Um estudo do thetinylife.com, baseado nos censos, revelou que:

78% das pessoas que vivem em minicasas são donas das mesmas vs 65% das pessoas que vivem em “casas normais” ainda estão a pagá-las.

68% dos donos de minicasas não têm hipotecas vs 29,3% número de donos de casas tradicionais que estão livres desse encargo.

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