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POUPAR PARA UM MUNDO MELHOR
Poupar para um mundo melhor
2011-03-01
Poupar para um mundo melhor

A par da reciclagem, a jornalista Fernanda Freitas aposta na redução e reutilização dos bens de consumo.
Porque os recursos do planeta são finitos e acredita que todos nós, enquanto indivíduos e cidadãos, temos papel activo na preservação do meio-ambiente.

 

Poupar, reutilizar, usar o menos recursos naturais possível é o lema de Fernanda Freitas, jornalista e pivot do programa Sociedade Civil na RTP2, acérrima defensora da sustentabilidade ambiental e social. “Em primeiro lugar não como carne”, diz Fernanda. “Tudo começou por uma questão de saúde – não fazia bem a digestão – mas hoje verifico que é um caminho. Só de pensar na água que se gasta para a criação animal…”, refere. Consumir menos é a palavra-chave do seu dia-a-dia espartano. “Quando faço compras no mercado evito sacos plásticos e qualquer tipo de embalagem”, conta. “Em casa, no que toca a detergentes, aderi à ecobola (para a máquina de lavar roupa), além de que utilizo lâmpadas eficientes, regulador de caudal no duche e reaproveito a água em que lavo os alimentos para regar as plantas do jardim”. As espécies que cultiva são seleccionadas em função do tipo de manutenção. “Prefiro plantas aromáticas para meu uso pessoal e cactos, que praticamente não precisam de água”.

Ser presença diária na televisão e o glamour do meio televisivo não deslumbram nem implica com consumo desenfreado, ao contrário do que se pensa. Diz a jornalista: “Administro o meu dia pela questão: será que necessito mesmo disto?”. Refere-se sobretudo a roupa e calçado, pois prefere comprar sazonalmente peças que prometem durabilidade dada a qualidade das matérias-primas, e cuja produção não implique grandes impactos no estilo de vida das populações e locais onde são produzidas. “Sou capaz de estar seis meses sem fazer compras, evito os saldos, porque sei que é fácil comprar demais devido aos preços baixos, e nunca aceito brindes – não vale a pena acumular”, reafirma ela, adepta do neo-frugalismo, movimento que apela à moderação no consumo de bens materiais.

No que toca à alimentação opta por produtos da época, nacionais, e respeita a sazonalidade. “Temos de nos adaptar ao ritmo da natureza e não esperar o inverso”. Além de que prefere os produtos de empresas que são exemplo das boas práticas no mercado de trabalho e na comunidade em que se inserem. Implica algum trabalho de casa, mas diz a jornalista: “Acredito na responsabilidade e no poder daquilo que faço enquanto indivíduo para mudar a sociedade. Por isso vale sempre a pena o esforço”.

Além de mãe e jornalista a tempo inteiro, Fernanda Freitas preside à Comissão Nacional do Ano Europeu do Voluntariado e desde há sete anos que é contadora de histórias, em regime de voluntariado, junto de crianças hospitalizadas. A luta pela criação de um mundo melhor passa não só pela sustentabilidade ambiental, mas também social. Preocupação que a acompanha desde infância, fruto dos exemplos positivos que recebeu em casa e que a ajudaram a saber conjugar em todos os tempos o verbo ajudar. A sua agenda é apertada, milimetricamente estudada e cumprida. “Este é um trabalho que vem do coração e me permite dizer que sou multimilionária… em afectos!”.

 

 “As melhores coisas da vida são gratuitas. Temos que as preservar e valorizar”.

 

Fernanda Freitas acredita que todos os cidadãos têm um papel activo na sociedade. Proteger a natureza e os que os rodeiam são a sua causa pessoal.

Ecolimpeza

A apresentadora é fã da ecobola, que permite poupar detergente de lavar roupa até 90%. Traz vantagens a nível económico e ambiental.

Reduzir 

Fernanda aproveita a água em que lava os legumes para regar as plantas do jardim. Também colocou um regulador de caudal no duche. “Sou quase fanática quando se fala de poupança de água”, afirma.

Poupar

A apresentadora do programa Sociedade Civil tem no seu jardim apenas plantas que necessitam de pouca água. As ervas aromáticas são algumas das favoritas.

Reutilizar

Uma das formas que Fernanda encontrou de poupar o ambiente consiste na utilização de peças de roupa e adereços confeccionados a partir de materiais recicláveis. Estas carteiras são a sua perdição.

Com peso e medida

Quando compra fruta nos mercados de Alvalade ou Santos, em Lisboa, a jornalista não utiliza sacos de plástico. Leva alguns reutilizáveis, de pano, mais ecológicos e duráveis.

Reciclar

Colocar todos os vidros, plásticos e papéis no ecoponto é uma tarefa que faz parte do quotidiano agitado de Fernanda Freitas. O desperdício é palavra que não consta no seu vocabulário.

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