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COM SELO DE QUALIDADE PORTUGUÊS
Com selo de qualidade português
2017-01-30
Com selo de qualidade português

Na origem desta história estão as marcas e os criadores nacionais que dão cartas no design de produto ecológico, não só em Portugal mas também no estrangeiro, onde arrecadaram vários prémios de referência no setor. Inovação e sustentabilidade compõem o ADN destes projetos, que, mais do que reconhecimento, procuram contribuir para uma muito necessária mudança nos hábitos de consumo das populações, redefinindo, assim, a identidade do ecossistema empreendedor do país. Três dos quatro projetos nacionais de ecodesign em destaque neste artigo estão ligados à cortiça, uma das matérias-primas vegetais mais versáteis do mundo… e na qual Portugal é rico. Mas, sobreiros à parte, na origem desta história estão os nomes das marcas e criadores nacionais que dão cartas no design sustentável, aqui e além-fronteiras, com projetos premiados internacionalmente.

 

É preciso esperar entre 25 a 30 anos para poder extrair cortiça da casca de um sobreiro pela primeira vez e, depois disso, as extrações só devem acontecer de nove em nove anos. O processo é moroso, mas compensa a espera. Conhecida pelo seu poder isolante e leveza, a cortiça é utilizada em diversas áreas de produção, desde a construção civil ao calçado, passando pela indústria automóvel até à restauração. E depois existe a rolha, a mais emblemática “obra-prima” da cortiça que continua a incentivar a criação de produtos de design inovador, duradouros e reutilizáveis. 

 

 

Vários exemplos 


A RP10, uma embalagem de cortiça ecofriendly produzida pela agência Omdesing para o icónico Vinho do Porto Tawny 10 Anos, da Quinta da Ervamoira, e que arrecadou o Red Dot Award: Communication Design 2015 na categoria Packaging Design. A empresa de Leça da Palmeira inspirou-se na paisagem alentejana e nos seus montados de sobro para criar uma caixa com dois monoblocos de cortiça, que, depois de servirem a sua função com o vinho, podem ser reutilizados como cooler para garrafas, porta-canetas ou vaso decorativo. Igualmente empenhado em privilegiar a utilização de materiais naturais e sustentáveis, o designer Manuel Bastos – fundador da marca de mobiliário Botaca – não teve dúvidas na escolha da cortiça quando decidiu construir o primeiro sofá ecológico e 100% reciclável. Nascia Algodão Doce, um sofá que substituiu a madeira e a espuma por cortiça, linho e penas, que se monta e desmonta em menos de nada. A estrutura, feita em blocos de cortiça, torna-o facilmente transportável e impermeável, permitindo o seu uso dentro e fora de casa. Depois só tem de decidir se quer o sofá na versão completa, em formato chaise-longue, ou apenas utilizar os blocos de cortiça como banco ou mesa de apoio.

 

E o que acontece quando uma das maiores corticeiras nacionais se junta a um gigante produtor de vidro para premiar a ecoinovação em design de produto? Criam-se objetos incríveis, como o frasco gourmet de pepino de conserva desenhado e concebido pela dupla Stefanie Costa e Paulo Castro, da Universidade de Aveiro, e que foi o grande vencedor dos Glassberries Design Awards, atribuídos anualmente pela BA Glass, agora em parceria com a Amorim. O que podia ser um simples frasco de vidro com uma tampa em cortiça não o é, não só pela sua elegância e originalidade do design, mas também, e apesar de tudo, pelo seu reduzido impacto no ambiente, dada a durabilidade e possível reutilização dos materiais usados.

 

Já este ano foi a vez da Logoplaste, grupo industrial de produção de plástico, ser distinguida com o prémio de excelência ambiental da SC Johnson pela criação da primeira embalagem reciclada para um detergente líder de mercado nos EUA. Se de repente não está a reconhecer o nome da empresa portuguesa de packaging, faça uma volta pela sua despensa e frigorífico e com certeza encontrará mais de meia dúzia de exemplares com o selo Logoplaste, desde o detergente da loiça, o ketchup e a manteiga até à simples garrafa de água que comprou a caminho de casa. Apostada em manter a diferenciação dos seus produtos pela qualidade e sustentabilidade dos materiais utilizados, a Logoplaste estendeu o seu ramo de atividade a um laboratório de inovação em nome próprio (Logoplaste Innovation Lab), empenhado em criar soluções de embalagens cada vez mais amigas do ambiente e com pegada ecológica zero.
 

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