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ELE ERRA, MAS POUCO
Ele erra, mas pouco
2010-11-01
Ele erra, mas pouco

Preocupado com o planeta, o actor Heitor Lourenço poupa o máximo de energia no quotidiano e nunca se esquece de reciclar papel, vidro e plásticos. 
O seu grande desafio é ultrapassar o desejo por cd e livros, réstia de consumismo perdoável num vegetariano inveterado por amor à natureza.

 

Quando se aproximou do budismo há década e meia, o actor Heitor Lourenço compreendeu que no planeta tudo está correlacionado. Passou a estar mais atento ao que o rodeia e compreendeu que atitudes tomadas individualmente têm repercussões mais amplas. O chamado efeito borboleta.

“Meditar fez com que visse o mundo com outros olhos. Estou atento a tudo de forma mais global e mais consciente de cada acto que pratico”, diz. Foi então que deixou de comer carne e peixe. “Nessa época não tanto por razões éticas relativamente aos animais – o que actualmente já me sensibiliza –, mas porque percebi que o consumo de produtos de origem animal punha em causa o equilíbrio do nosso ecossistema”, recorda. O alastrar dos pastos, a desflorestação, as emissões de CO2 decorrentes da criação de animais para consumo humano tornaram-se preocupações diárias. Ao mesmo tempo assumiu comportamentos ambientais mais responsáveis: usa detergentes ecológicos, prefere as escadas aos elevadores; não acende a luz da garagem; usa pilhas recarregáveis, lâmpadas de baixo consumo e papel reciclado. E nunca desperdiça água, quer na cozinha, quer na casa de banho.

Sendo uma figura pública, o actor não tem pretensões de evangelizar o mundo. “Como consigo afirmar que sou eu o dono da verdade e que os restantes estão errados?”, interroga-se. Mas sempre que possível partilha com o grande público, através da comunicação social, as vantagens da alimentação vegetariana e do seu estilo de vida que, não sendo 100% exemplar, – “afinal uso carro e não transportes públicos”, admite – é um modelo para grande parte da população portuguesa.

Heitor recorda ainda uma viagem à Índia que o fez reconsiderar a pirâmide das necessidades impostas pela sociedade ocidental. “Quando vi tanta gente a viver com tão pouco, e alguns perfeitamente felizes, fiquei abalado”, confessa. “Regressei disposto a consumir muito menos”. Os seus pecados ambientais, por ora, são apenas cd e livros. Mas um dia resistirá. Espera.

 

Heitor Lourenço preocupa-se com o equilíbrio do planeta, o que o levou a tornar-se vegetariano e a reciclar todos os materiais possíveis

 

Poupar água

Quando toma duche o actor recolhe a água fria que primeiro sai da torneira e usa-a como descarga sanitária.

 

Reciclar

Papel, plásticos e vidros são sempre separados e colocados nos ecopontos em frente a casa. Heitor Lourenço só lamenta a falta de civismo de algumas pessoas que despejam todo o tipo de lixo em redor destes pontos de recolha.

 

Exercício eco

Heitor Lourenço prefere sempre as escadas ao elevador. Mesmo quando visita os pais que vivem num 4º andar. Poupa electricidade e melhora a condição física. Também reduziu o temporizador da iluminação do hall de entrada do prédio.

 

Detergentes bio

A louça é lavada com detergentes amigos do ambiente, quer à mão, quer à máquina. As águas residuais serão, assim, muito menos poluentes.

 

Luzes mágicas

Heitor Lourenço optou há já alguns anos por usar apenas lâmpadas de baixo consumo. Não só poupa na factura ao final do mês, como reduz a pegada ambiental.

 

Reduzir

Tanto quanto reciclar, reduzir o consumo é muito importante para o actor que usa pilhas recarregáveis. O ambiente agradece, pois todo o tipo de pilhas contém químicos como cádmio, mercúrio ou lítio, altamente danosos para o ambiente e a saúde humana.

 

Vegetariano

Preocupado com os desequilíbrios ambientais gerados pela criação de animais para consumo, Heitor Lourenço rendeu-se ao vegetarianismo há mais de uma década. E privilegia produtos da época. Sente-se em paz com o planeta e ganhou em saúde.

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