Logo Sociedade Ponto Verde

SMARTFARMER: UM MERCADO SAUDÁVEL À DISTÂNCIA DE UM CLIQUE
Smartfarmer: um mercado saudável à distância de um clique
2017-01-30
Smartfarmer: um mercado saudável à distância de um clique

Imagine que consegue determinar a origem exata e método de produção dos alimentos que consome sem ter de se preocupar em analisar rótulos e tabelas nutricionais à lupa. Imagine, agora, que isto tudo está apenas à distância de um clique graças ao SmartFarmer, a novíssima plataforma online de dinamização dos circuitos curtos agroalimentares que pretende aproximar produtores e consumidores dos quatro cantos do país. Trocado por miúdos, trata-se de um mercado virtual de promoção do consumo local e, consequentemente, de crescimento das economias regionais onde produtores, distribuidores e prestadores de serviços podem pôr os seus produtos ou serviços à venda, sem intermediários, lidando só e apenas com o consumidor.

 

Baseando-se no princípio da gestão saudável dos recursos agrícolas, Pedro Krupenski, coordenador do projeto, explica que “a plataforma foi concebida para contribuir para a sustentabilidade do setor agrícola e da própria economia local”, defendendo, no entanto, que para isso é preciso haver um equilíbrio inabalável entre as dimensões económica, social e ambiental. Um triângulo poderoso, que promete mudar o mundo. Do ponto de vista económico, diz, o SmartFarmer torna-se vantajoso “ao reduzir o número de intermediários entre produtor e consumidor, já que permite que o produtor reverta algumas das margens da cadeia de valor a seu favor, podendo, assim, reduzir substancialmente o preço dos produtos, tornando-os mais atrativos para o consumidor e estimulantes para o produtor”. Mas não só. O SmartFarmer destina-se aos pequenos agricultores (de cultura familiar) e pretende funcionar como uma plataforma que lhes permite aumentar a sua capacidade de gerar rendimento, qualidade de vida e acesso a bens e serviços de qualidade. A preocupação com as questões sociais é, aliás, uma das principais bases de atuação da Oikos (ONG para a cooperação e desenvolvimento em Portugal que suporta o projeto) no mundo: dotar as comunidades de meios que lhes permitam ampliar e consolidar a sua produção, aceder de forma protegida aos mercados e neles gerar as suas próprias fontes de sustentação. No que diz respeito ao ambiente, a plataforma permitirá, com o seu método de intervenção local, a redução da pegada de carbono, associada aos métodos de refrigeração, armazenamento e transporte.

 

A prática de um comércio justo para ambas as partes é essencial ao sucesso do projeto. Pedro Krupenski admite que não é fácil fugir à oferta das grandes superfícies e admite que o primeiro desafio da SmartFarmer para a desmassificação do mercado agroalimentar passa por uma mudança dos hábitos de consumo. “Os consumidores irão progressivamente compreender que o consumo local é mais vantajoso em termos de qualidade, frescura e sabor dos produtos, em termos de preço e de comodidade, e, não menos importante, tomarão consciência de que ao consumir localmente estarão a favorecer a cultura e a economia locais em que estão inseridos, contribuindo assim para o desenvolvimento das suas regiões e do país.” 
 

 

Outros benefícios

 

Registando-se no SmartFarmer, o consumidor passa a ter acesso de forma cómoda e pouco dispendiosa a um leque variado de produtos e serviços agroalimentares, desde frescos, produtos transformados com base em técnicas ancestrais e artesanais, mas também a pacotes turísticos de experimentação do mundo rural, descontos em bens e serviços por parte dos parceiros associados (bancos, comércio local, clínicas médicas, etc.) e ainda o acesso a produtos de comércio justo oriundos de países em desenvolvimento. Para garantir uma maior difusão desta plataforma, os intervenientes locais ligados à agricultura, distribuição e produção alimentar em pequena escala devem juntar-se ao movimento. 
 

DESCUBRA AINDA