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SIMPLICIDADE Q.B.
Simplicidade q.b.
2012-10-01
Simplicidade q.b.

“Reduz as necessidades, se queres passar bem”, canta Jorge Palma. Aos 29 anos, Ana Rita Mota, designer de comunicação, tinha uma certeza: não só queria passar bem, queria viver melhor. Então, fez uma mudança de 180º graus que a levou onde está hoje: mais feliz. Em 2010 saiu da agência onde trabalhava desde que terminara o curso. “Há maneira de reduzir custos na minha vida, de modo a que viva com menos e de forma diferente”, pensou. Já em 2005 criara, com uma amiga, o Atelier Mil Cores, soluções de design para o universo infantil, e passou a trabalhar como freelancer. 

 

A decisão que tomou coincidiu com a mudança de casa e um divórcio. E na hora de repartir bens Ana Rita percebeu que tinha mais do que precisava. “Dei imensas coisas e deixou-me muito feliz dar a quem precisa. As coisas são, efectivamente, coisas”, afirma. Porém, não resiste a acumular  materiais que para os outros são desperdício, mas para si matérias-primas em potência, como cartão dos rolos de papel higiénico ou de cozinha, embalagens de leite… Com esses resíduos desafia os seus alunos, crianças do primeiro ciclo, a criarem obras de expressão plástica nas aulas que lecciona.

 

Além de professora, Ana Rita é também aluna: frequenta o último ano do curso de arte e multimédia. E foi nos corredores da Faculdade de Belas Artes, em Lisboa, que viu os cartazes do concurso Recicl’arte, promovido pela Sociedade Ponto Verde, cujo desafio era propor novos elementos decorativos para os ecobags, os tradicionais sacos usados para separar os resíduos de papel, vidro, e plástico e metal em casa. Como recusar? Ana Rita pôs mãos à obra e saiu vencedora. Design contra o desperdício.

 

Fotos: Luís Paixão/AFFP

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