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2012-10-01

Se tem dúvidas sobre a importância de colocar as embalagens usadas nos respectivos ecopontos, este texto é para si. Vai desvendar um mistério: o que acontece ao pacote de batatas fritas colocado no ecoponto amarelo? E ao copo de iogurte? A Extruplás, empresa a funcionar na Maia e no Seixal, trata desses e de outros resíduos de plástico, transformando-os em produtos tão variados como mesas, bancos de jardim, passadiços, espreguiçadeiras e chapéus-de-sol. E ao fazê-lo evita que tenham como destino o aterro.

 

De norte a sul do país, vários espaços públicos e privados adoptaram mobiliário urbano em plástico reciclado. “É um material rígido, completamente maciço e pesado”, descreve a directora-geral da Extruplás, Sandra Castro. “Tem grande durabilidade. Fizemos um estudo com a Universidade do Minho sobre as características técnicas e propriedades físicas e mecânicas do material e conclui-se que era complicado determinar o tempo de vida deste produto: 50, 60, 70 anos…”, acrescenta.

 

A Extruplás é recicladora pré-qualificada pela Sociedade Ponto Verde para recepção do fluxo de plásticos mistos, fruto da separação doméstica, mas também de plásticos industriais e privados. Uma vez na Extruplás, e depois de separado, o plástico é triturado e derretido a altas temperaturas (180ºC a 200ºC), e colocado num molde. Depois do arrefecimento, “pode sair a peça final, como uma estaca, ou uma peça para depois maquinar: banco, mesa, espreguiçadeira”.


A produção de mobiliário em plástico reciclado tem zero desperdício: aparas e peças não conformes são novamente introduzidas no processo. E mesmo peças antigas ou danificadas podem ser novamente recicladas. Sustentabilidade de mãos dadas com design.

 

Fotos: Filipe Pombo/ AFFP

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