Cerca de 250 pessoas acorrem anualmente aos seminários de fundraising organizados pela consultora Call to Action, único evento em Portugal exclusivamente dedicado à temática da angariação de fundos. O mercado de fundraising está pouco desenvolvido no nosso país, com cerca de 20 anos de atraso em relação ao que se faz em Inglaterra, considera Madalena Alves Pereira, co-fundadora da Call to Action.

“A maioria das instituições do terceiro sector angaria fundos utilizando apenas uma ou duas técnicas, e um ou dois grupos alvo”, diz esta gestora, que lamenta que as organizações nacionais do terceiro sector – IPSS, organizações não governamentais, organizações para o Desenvolvimento, fundações e associações – não recorram a estratégias que incluam as técnicas e os conceitos mais adequados e actuais. Por isso a Call to Action procura soluções que permitam aos seus clientes obter mais fundos e em mais fontes. “Uma forma de consegui-lo é abranger todos os grupos alvos – particulares, empresas, fundações, candidaturas, etc.”, explica Madalena Alves Pereira.

“O melhor do fundraising só para si” foi o mote da edição do 4º Seminário de Fundraising, que decorreu este ano, a 21 de Março, na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa. “Os vários oradores asseguraram-nos de que, no que toca à capacidade de angariar fundos, podemos ter esperança no futuro. É importante não deixar arrefecer a relação com os doadores para que, quando a economia reentrar numa fase positiva, possamos colher os frutos dessa relação”, reflecte Madalena Alves Pereira.

No mercado desde 2007, a Call to Action, além da definição de estratégias diversificadas de fundraising, desenvolve a vertente de marketing, ajudando as instituições a promoverem as suas causas, e promove workshops. Mas a actuação da Call to Action ultrapassa o apoio aos fundraisers. A consultora trabalha também com os fund providers, isto é, as empresas, como as que têm projectos de responsabilidade social.

Fotos:Filipe Pombo/AFFP