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THRIVE
Thrive
2015-04-02
Thrive

Os pais de Manuel da Costa sempre tiveram um jardim com as mais variadas espécies de plantas. E sempre procuraram incutir-lhe o gosto pela Natureza e o cuidado com a mesma. A “paixão” pelas suculentas, plantas nas quais se incluem os catos e que apresentam como característica a durabilidade e a capacidade de resistir aos contextos mais adversos, surgiu por arrasto. “As primeiras que apanhei foi à beira da estrada, no Alentejo, e a partir daí fui começando a interessar-me pelas variadíssimas espécies e respetivas formas”, recorda. Colecionador de suculentas há alguns anos, Manuel sempre as teve em vasos, como é normal para a maioria das pessoas. Um dia, numa das suas pesquisas, cruzou-se com uma ideia que o levou a decidir fazer um quadro para si. “A partir daí, foram surgindo outras ideias e outros suportes, e decidi-me a criar o meu próprio emprego, trabalhando com algo que me dá gozo”, explica.

 

Hoje, a Thrive apresenta-se como uma marca que procura novas maneiras de apresentar suculentas de uma forma sustentável e, ao mesmo tempo, apelativa. No fundo, pretende dar um palco maior a estas plantas, que, na opinião de Manuel, demasiadas vezes ficam em segundo plano, presas a um vaso monótono, num canto da sala ou na varanda.

 

Todos os suportes para as suculentas são feitos à mão, numa oficina no Porto, o que faz com que cada peça seja única. Peças que surgem em três categorias diferentes: os Driftwood Planters, os Vertical Gardens e os Magnetic Cork Flowerpots. Comecemos por estes últimos, em que as suculentas são colocadas em rolhas de cortiça trabalhadas e envernizadas e se transformam em pequenos vasos magnéticos (podem ser colocados no frigorífico, por exemplo). Para os Driftwood Planters, Manuel recolhe madeiras na praia ou junto aos rios. Escava-as, para lhes dar forma, e enche-as de terra e de musgo. Falta falar dos Vertical Gardens, feitos a partir da reutilização de molduras. Neste caso, para lá de lixar e pintar as molduras, o jovem empreendedor constrói uma caixa em contraplacado marítimo onde ficará a terra.

 

Em qualquer dos casos, as suculentas demoram cerca de 20 dias a enraizarem e estarem prontas a viajar para casa de um cliente. A grande vantagem, explica Manuel, “é o facto de as suculentas não terem de ser regadas constantemente. No caso das rolhas, a quantidade de água necessária é apenas a suficiente para humedecer a terra e implicará uma maior regularidade na rega. No caso dos verticais, será necessário colocar na horizontal de cada vez que necessitar de rega e ter o mesmo cuidado de humedecer a terra sem a encharcar. Em todos os casos, a melhor água será a destilada, pois por vezes, dependendo do nível de concentração dos minerais, quando estes secam sobre a planta podem manchá-la e, a longo prazo, danificá-la”.

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